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cronologia do universo

Olá, semideus! Se você está aqui, acredite, não é mera coincidência. Se chegou até este ponto, seu destino é mais do que uma casualidade. Seu legado despertou. Antes de explorarmos juntos esse novo capítulo de sua vida, permita-me levá-lo a uma jornada pelas intricadas camadas de nosso mundo.

O Acampamento (1925-1950:

Há muito, muito, muito tempo atrás, os deuses viviam farreando com os mortais, resultando, é claro, em várias proles divinas espalhadas pelo mundo. Entretanto, à medida que esses jovens corriam por aí com raios nas mãos, manipulando água e invocando cães infernais, a normalidade tornou-se uma relíquia do passado. Rapidamente, os semideuses se viram em perigo, vítimas de sua própria imprudência. Ao exibirem seus dons abertamente, atraíam a atenção dos inimigos de seus pais, desencadeando uma perseguição inclemente contra eles.

 

Foi necessário o sacrifício de inúmeros heróis, heroínas e proles gregas para que os deuses começassem a se importar com a precariedade das vidas que lançavam no mundo mortal. Para proteger seus filhos, o Conselho Olímpico reuniu-se e determinou a criação de um acampamento meio-sangue. Embora a data exata de sua fundação permaneça vaga, sua existência testemunhou ascensões e quedas de impérios na Grécia antiga. Seu propósito principal era abrigar os filhos meio-mortais dos senhores do Olimpo e educá-los, almejando a formação de uma nova geração heroica. Contudo, como você deve imaginar, as coisas não saíram como planejado.

O acampamento prosperou por séculos, sendo o berço de heróis lendários como Hércules, Aquiles, Atalanta e Perseu. No entanto, com o passar do tempo, tornou-se um terreno perigoso para os semideuses. Eles não apenas enfrentavam perigos constantes em missões por falta de treinamentos especializados, mas também chamavam a atenção de criaturas malignas, mergulhando novamente em um ciclo perigoso. O acampamento começou a sofrer ataques intensos, tendo uma segurança mínima como sua única linha de defesa. A condição de se manter oculto do mundo mortal não era mais suficiente para garantir a proteção dos semideuses. As barreiras que os protegiam foram facilmente destruídas, e o local foi invadido. Diante desse cenário, os deuses sentiram novamente a urgência de lidar com a crescente ameaça à vida de suas proles, motivando uma mudança drástica no sistema.

O Tratado do Olimpo (1960-1980)

Com o aumento alarmante de mortes entre os semideuses, o panteão grego empreendeu uma busca intensiva por maneiras de proteger suas proles de seus inimigos. Contudo, nenhum dos métodos convencionais se mostrava eficaz a longo prazo. Diante desse impasse, o Conselho Olímpico decidiu adotar uma medida extrema: o deslocamento não apenas do acampamento, mas de todo o Olimpo e seus locais sagrados para uma nova terra. Essa decisão marcante deu origem ao florescimento da Civilização Ocidental, onde o Monte Olimpo passou a seguir os avanços do novo mundo. Em essência, a tendência agora era acompanhar o maior polo de população, progresso e poder, seguindo sempre a maior potência mundial. Assim, os deuses estabeleceram sua presença em diversas regiões, como Alemanha, França, Espanha, Brasil, Rússia, Inglaterra e outros territórios, sempre alinhados com a maior potência mundial do momento. Essa mudança não só proporcionou uma camuflagem mais eficaz para os semideuses, mas também permitiu que o acampamento se adaptasse a diferentes contextos culturais e geográficos. A nova estratégia visava garantir não apenas a sobrevivência, mas também a prosperidade dos filhos dos deuses em meio à constante evolução do mundo mortal.

Terra nova, vida nova, certo? Talvez. Por anos, tudo parecia estar em paz, até que uma decisão complicou tudo novamente. Para proteger seus filhos, os deuses estabeleceram uma proibição rigorosa: nenhum contato entre divindades e semideuses seria permitido, era terminantemente proibido. Tanto na forma grega quanto romana, concordaram em não descer à Terra, evitando qualquer relação com mortais. Essa medida drástica surgiu devido à crescente dificuldade em controlar e ocultar a população de semideuses no mundo mortal, o que vinha causando alguns problemas. Um exemplo disso? Bem, vou contar dois dos menores. Lembra aquela história de que o Titanic afundou porque bateu em um iceberg? Bem, sua vida foi uma mentira. Isso tudo aconteceu por causa de uma briga entre um filho de Poseidon e uma filha de Zeus. Foi uma tremenda confusão, com raios, tempestades, turbulência... E sabe a bomba atômica? E Digamos que os filhos de Ares e Atena estavam de bobeira e resolveram brincar juntos, ideia aqui, ideia ali, baam! Inadvertidamente criaram a primeira arma de destruição em massa de grande escala: a bombas atômica. Os deuses, naturalmente, não ficaram satisfeitos com essa demonstração de imprudência, pois seus filhos estavam colocando em risco não apenas suas vidas, mas também as de outros ao se expor ao mundo mortal. Mas deixemos essa história para mais tarde, enquanto nos aprofundamos em outro surto divino.

Guerra entre gregos e romanos (1993-1995)

É claro que o acordo de evitar relacionamentos com humanos seria eventualmente quebrado. Os deuses, eternamente atraídos pelos mortais, retomaram seus envolvimentos secretos com eles. Contudo, o sangue de uma prole divina sempre atrairá a atenção no mundo. Quando a criança atingia uma certa idade era praticamente transformada em farol para criaturas mitológicas e outros deuses. Assim, a quebra do tratado não permaneceu oculta por muito tempo, precipitando uma verdadeira implosão. O descumprimento do acordo, especialmente entre as principais divindades gregas e romanas, desencadeou uma guerra entre os dois poderes que já viviam sob tensões acumuladas ao longo dos anos.

Tensões que são fácil de entender quando nota que, obviamente, os dois lados não conviveriam tão pacificamente. Por um lado, os romanos, marcados pela rigidez e disciplina, apresentavam-se sempre formais e exigentes. Suas legiões organizadas e hierarquia militar sólida fundamentavam-se nos valores de ordem, dever e lealdade ao Estado. Por outro lado, os gregos, caracterizados por sua descontração, individualismo e menos apego à disciplina rígida, seguiam a ideologia da democracia ateniense. Eles valorizavam a liberdade individual e a expressão artística, frequentemente apresentando paixões intensas, rivalidades e caprichos. E, é claro, essas características se refletiriam em seus filhos. Enquanto os heróis romanos se dedicavam a uma vida militar regimentada, aderindo a rotinas disciplinadas e exibindo uma notável obediência, os heróis gregos escolhiam um caminho mais rebelde. Desafiavam normas estabelecidas, buscavam ativamente forjar suas próprias identidades, explorando a liberdade e expressando sua individualidade de maneiras diversas.

Dessa forma, o desrespeito ao tratado expôs ainda mais as diferenças e rivalidades subjacentes, desencadeando um conflito que abalou as estruturas do mundo mitológico. Novas guerras eclodiram entre os dois mundos, e, egoístas como sempre, os deuses não moveram um dedo para arrumar a confusão que haviam causado, optando por mais uma vez envolver seus filhos na solução do problema. As tensões entre os semideuses aumentaram à medida que o orgulho e a lealdade aos seus respectivos acampamentos se intensificaram. Os heróis do acampamento grego lançaram-se na batalha contra os do acampamento romano, em uma luta que testou não só suas habilidades, mas também sua lealdade aos deuses e ao seu próprio acampamento.

 

A batalha desencadeada entre os acampamentos foi impressionante. O próprio céu tremeu diante dos semideuses em choque. Raios cortavam o ar, flechas voavam, poeiras subiam com velocistas, a manipulação dos elementos era desencadeada em proporções cataclísmicas, e semideuses habilidosos empunhavam armas mágicas e artefatos divinos com maestria. O solo se transformava em campos de batalha, antes pacíficos locais agora marcados pela destruição e pelo caos. Havia um frenesi de estratégias, com semideuses desenvolvendo táticas únicas para enfrentar seus adversários. Alguns controlavam ventos e tempestades para desorientar os oponentes, enquanto outros invocavam criaturas míticas para se juntar à batalha. A sagacidade estratégica era tão vital quanto a força bruta, e os semideuses se encontravam em um cenário onde a astúcia e a ousadia podiam superar a mera força física.

 

O clímax da guerra se desenrolou em uma batalha intensa e visceral, onde líderes proeminentes dos dois acampamentos se enfrentaram em um duelo que reverberaria pelos séculos. Nesse campo de batalha, espadas reluziam, escudos se chocavam, e poderes divinos se manifestavam em uma dança caótica de destruição. Os conflitos não eram apenas físicos, pois refletiam as profundas divergências ideológicas entre gregos e romanos. Enquanto alguns buscavam a ordem militar e a disciplina romana, outros clamavam pela liberdade e espontaneidade grega. Era uma luta não só pela supremacia, mas também pela afirmação dos valores que moldavam cada acampamento.

No desfecho doloroso, o acampamento grego terminou vitorioso, mas o triunfo veio com um preço terrível. Ambos os acampamentos sofreram perdas devastadoras, e a paisagem do mundo mitológico foi marcada por cicatrizes dolorosas. Com os acampamentos destruídos e a população semideusa drasticamente reduzida, além do impacto causado no mundo mortal, o panteão, reconhecendo a necessidade de conter a fúria de seus próprios descendentes, interveio para acalmar as duas potências. A solução adotada foi que gregos e romanos deveriam esquecer a existência um do outro. Erguendo uma névoa mística entre os mundos grego e romano, os deuses buscaram apagar as memórias dolorosas da guerra e induzir um esquecimento temporário. As duas linhagens de semideuses foram separadas, pelo menos por algum tempo, enquanto o Olimpo se recolhia para curar as feridas causadas por sua própria descendência.

A decisão de separar as linhagens de semideuses, escondendo a verdadeira natureza do outro lado, foi um ato de tentativa de restaurar o equilíbrio. A névoa entre os mundos, apesar de servir como uma barreira, também se tornou uma cortina de esquecimento. As histórias de bravura e sacrifício dos heróis nas batalhas foram obscurecidas, porém nunca se perderam totalmente nas sombras do tempo. Nesse período pós-guerra, o lamento pelas perdas era sentido não apenas pelos deuses, mas também pelos semideuses que, em muitos casos, haviam perdido amigos, companheiros e amores. O mundo mitológico, marcado por cicatrizes profundas, mergulhou em uma trégua frágil, enquanto os acampamentos em ruínas eram lentamente reconstruídos. Uma sensação de melancolia persistia, pois muitos sentiam o peso do que foi perdido durante os conflitos.

Após o conflito, a localização anterior do Olimpo foi exposta, levando os deuses a tomarem a decisão de mudar novamente. Mantendo a tradição de seguir a maior potência mundial, o Olimpo, agora situado em Nova York, nos Estados Unidos, observava com cautela as narrativas que se desenrolavam em meio às cicatrizes de uma guerra que deixou marcas profundas em ambos os lados da névoa. O acampamento, agora denominado Instituto Olimpo, foi erguido na ilha de Long Island, e os deuses fundaram por perto uma cidade chamada Akramos, significando "cidade dos deuses". Protegida por barreiras mágicas, ela permanece oculta aos olhos mortais, tornando-se o lar não apenas dos seres divinos, mas também de alguns mortais que têm conhecimento do mundo mitológico.

O retorno de Gaia (2000-2003)

Os gregos experimentaram décadas de paz e prosperidade após a instalação do Olimpo em Nova York. Embora tenham ocorrido alguns problemas envolvendo semideuses durante esse período, nada que se comparasse às guerras greco-romanas. Contudo, como a vida dos semideuses nunca foi isenta de desafios, a tranquilidade no mundo mitológico foi abruptamente interrompida. A mãe dos deuses primordiais, Gaia, ressurgiu das sombras, iniciando sua vingança contra aqueles que a depuseram e aprisionaram por séculos.

No calor da primeira batalha contra Gaia, o Olimpo, confiante em sua própria força, menosprezou a ameaça e lançou-se na guerra sem buscar o auxílio crucial de semideuses e aliados externos. Essa arrogância se revelou fatal, culminando na derrota do panteão diante da fúria de Gaia, que emergiu vitoriosa com uma destruição caótica. O cenário se tornou sombrio, enquanto o Olimpo, outrora imponente, se via à beira do colapso. A batalha não era apenas física, mas também uma luta interna entre a redenção e a condenação divina. Os semideuses, antes relegados a segundo plano, agora emergiam como a esperança em meio ao caos. No entanto, enquanto a contagem regressiva para a salvação ou a total destruição se desenrolava, os deuses, plenamente conscientes da imensidão da ameaça imposta por Gaia e seu formidável exército, compreenderam que enfrentar esse inimigo crescente demandaria mais do que os recursos disponíveis apenas entre os semideuses gregos e romanos.

Diante da iminência de uma segunda derrota devastadora, eles reconheceram que era hora de transcender rivalidades e buscar uma aliança para além de suas fronteiras divinas. Conscientes de que o perigo não respeitava fronteiras mitológicas, os deuses olimpianos tomaram uma decisão corajosa: engolir seu orgulho divino e buscar ajuda fora de seu próprio panteão. A diplomacia divina emergiu como uma ferramenta crucial, e, em uma jogada estratégica, os deuses olimpianos enviaram emissários para buscar auxílio nos reinos nórdicos. As negociações entre os dois panteões foram intrincadas, demandando concessões e acordos delicados. Os deuses olimpianos, normalmente acostumados a comandar, tiveram que aprender a colaborar com os deuses nórdicos, e vice-versa. As diferenças culturais e ideológicas que outrora os separavam tornaram-se desafios a serem superados em prol da sobrevivência do mundo mitológico.

No campo de batalha, raios colidiam com trovões, criando um espetáculo celestial que iluminava o horizonte sombrio. Semideuses gregos e romanos, liderados por heróis lendários dos seus acampamentos, travavam combates mortais contra os gigantes de Gaia, suas armas mágicas resplandecendo à luz do caos circundante. O som ensurdecedor das espadas chocando-se ecoava pelos campos de batalha enquanto semideuses e deuses se uniam para enfrentar a ira da mãe primordial.

Nas linhas de frente, deuses da guerra coordenavam estratégias, combinando os conhecimentos estratégicos dos deuses olimpianos com a astúcia nórdica. Nas árvores, arqueiros desferiam flechas mágicas que perfuravam o coração das criaturas gigantes. Na terra, guerreiros treinados erguiam suas armas e partiam rumo à batalha. No céu, dragões nórdicos e hipogrifos alados dos domínios gregos enfrentavam inimigos aéreos. Enquanto isso, os senhores dos mares desencadeavam tsunamis e furacões que alteravam o curso da própria guerra, inundando as planícies de batalha e desafiando a resistência de ambos os lados.

Cenas de desespero e bravura desenrolavam-se conforme semideuses caíam, apenas para serem erguidos novamente por mãos divinas. Os deuses, muitas vezes retratados como inabaláveis, enfrentavam suas próprias dúvidas enquanto o equilíbrio do mundo pendia na balança. Entre as lutas, alianças improváveis eram formadas e traições arquitetadas, deixando claro que, mesmo em meio à guerra contra uma ameaça comum, as complexidades das relações divinas permaneciam.

A aliança entre os panteões, apesar de inicialmente desconfortável, revelou-se vital para conter a ascensão de Gaia e seus seguidores. Essa união de forças divinas, amalgamando o poder dos deuses olimpianos, dos semideuses, e dos deuses nórdicos, tornou-se o último recurso para evitar a iminente catástrofe e a possível extinção de todo o universo conhecido.

Os Nórdicos (2008-2009)

Após a grande guerra, o tempo transcorreu com uma aparente calmaria, mas como é característico no mundo mitológico, a paz nunca é duradoura. Após um período de relativa tranquilidade, uma nova ameaça emergiu, desta vez proveniente de antigos aliados. Durante a disputa contra Gaia, os panteões grego e nórdico reconheceram o poder um do outro, gerando temor e apreensão entre os deuses. Uma tensão crescente entre os dois reinos de divindades rapidamente se instaurou, e murmúrios de que um panteão prevaleceria sobre o outro começaram a se espalhar pelo universo mitológico. Ao chegarem aos ouvidos de Zeus e Odin, o temor de perder seus tronos e a arrogância inerente para afirmar sua supremacia levaram ambos a declarar guerra um contra o outro. A hostilidade entre os dois grandes poderes irrompeu rapidamente, e embora nem todos os deuses tenham se envolvido diretamente, todos temiam as consequências iminentes. Os céus rugiram com a ira dos deuses, enquanto os ataques de Zeus colidiam com os de Odin. Raios e trovões colidiam no espaço entre eles, iluminando a escuridão cósmica como um espetáculo de luz e sombra. O solo celestial tremia sob seus pés enquanto trocavam golpes que ecoavam por todo o éter. Os campos de batalha, antes marcados pela cooperação contra Gaia, agora tornaram-se testemunhas de confrontos entre o Olimpo e Asgard. Enquanto os deuses se enfrentavam, os seguidores de cada panteão se envolviam em batalhas. Valquírias, com asas de plumas douradas, enfrentavam as Musas do Olimpo, criando um espetáculo aéreo. Em terra firme, guerreiros nórdicos com armaduras reluzentes enfrentavam centauros e criaturas místicas gregas em um choque de estilos de combate e mitologias. Os elementos da natureza tornaram-se armas divinas: mares gregos revoltos sob o controle de Poseidon colidiam com rios nórdicos convocados por Njord, criando redemoinhos e tempestades aquáticas que desafiavam a própria realidade. Seres mitológicos, como a hidra grega e o lobo fenrir, travavam duelos imortais, suas batalhas entrelaçando-se em um emaranhado de caos.

Enquanto a batalha se desenrolava, os próprios céus pareciam chorar, derramando chuvas que criavam um véu de névoa mística. As vozes dos deuses ressoavam, conjurando tempestades que dançavam no campo de batalha, refletindo o tumulto que ocorria nos corações e mentes dos imortais em guerra. Cada golpe e cada feitiço eram uma nota na sinfonia da destruição divina. A linha entre o mundo terreno e o divino desaparecia, mergulhando o universo em uma tempestade de grandeza e desespero. No epicentro da tempestade, Zeus e Odin confrontavam-se em um duelo de proporções cósmicas. Raios e martelos colidiam em uma explosão de energia divina, criando um frenesi caótico de luz e sombra que se estendia por toda a morada dos deuses. Cada trovão que ecoava e cada relâmpago que rasgava os céus não apenas simbolizavam a batalha entre os deuses, mas também carregavam consigo o destino dos panteões. No auge do confronto, Zeus percebeu uma fraqueza momentânea na defesa de Odin. Com uma velocidade impressionante, o deus grego desencadeou uma série de raios precisos, atingindo pontos estratégicos e desorientando seu adversário. Odin, momentaneamente atordoado, viu-se vulnerável ao estratagema ardiloso de Zeus. Aproveitando esse breve lapso na guarda de Odin, Zeus concentrou todo o seu poder em um último relâmpago. Uma explosão de luz e energia celestial rompeu os céus, envolvendo Odin em um espiral de eletricidade. Mjölnir escapou de suas mãos e, em um momento de vulnerabilidade sem precedentes, ele se viu à mercê da força avassaladora do relâmpago final de Zeus. O ataque fulminante foi o golpe decisivo que determinou o desfecho da batalha. Odin não conseguiu se recuperar a tempo. Consumido pela intensidade do relâmpago, ele caiu e Zeus emergiu vitorioso, provando a supremacia do Olimpo.

O destino dos panteões havia sido decidido e os campos de guerra foram gradualmente banhados em uma atmosfera de exaustão. Os outros deuses, testemunhando o impacto devastador das lutas sentiram a necessidade de buscar uma resolução e decidiram iniciar as negociações para um tratado de paz. Em uma assembleia divina, realizada em um espaço neutro entre o Olimpo e Asgard, os dois líderes divinos, ainda permeados pela energia da batalha recente, sentaram-se frente a frente. Ao redor deles, emissários de ambos os panteões aguardavam, ansiosos pela possível restauração da harmonia entre seus reinos. O ponto crucial do tratado de paz envolvia a delimitação clara das fronteiras divinas e o estabelecimento de uma trégua duradoura entre os panteões. Os deuses trocaram juramentos solenes, comprometendo-se a respeitar os domínios uns dos outros e a evitar qualquer incursão ou hostilidade futura. E, mesmo que Odin tenha jurado vingança no final, para o Olimpo parecia que tudo voltaria a ficar em paz... Mas só parecia.

Apesar de assinar o tratado, Odin, com orgulho ferido buscava por vingança contra os gregos e começou a conspirar nos bastidores, formando alianças obscuras e despertando forças antigas. Seus olhos, repletos de rancor, estavam fixos nos descendentes dos deuses gregos, acreditando que através deles encontraria a chave para reverter a derrota passada. O tratado de paz era frágil, uma folha de oliveira em um mundo repleto de tempestades iminentes. Os deuses do Olimpo não deram a devida atenção à promessa de vingança, talvez arrogantes e confiantes demais em sua recente vitória. No entanto, alguns anos depois, as profecias do Oráculo de Delfos mostraram as engrenagens do destino em movimento, ecoando nas salas celestiais e provocando uma onda de apreensão entre os deuses. Os olimpianos logo perceberam que a paz era apenas uma fachada, enquanto vislumbravam sinais crescentes de intriga e traição. O Oráculo profetizou que seus filhos seriam as peças-chave nas mãos de seus inimigos, proporcionando oportunidades que poderiam selar tanto a ruína quanto a salvação do Olimpo. A trégua pós-guerra revelava-se como um mero intervalo entre atos, e a profecia delineava um novo capítulo, onde as escolhas dos semideuses seriam a lente através da qual o destino dos deuses seria forjado. Semideuses, muitos dos quais desconheciam completamente o papel que desempenhariam no desdobramento dos eventos, começaram a manifestar habilidades excepcionais e ser alvo de intrigas divinas. O cenário estava pronto para um novo conflito, mas desta vez as batalhas seriam travadas não apenas nos campos de guerra, mas também nos corações e destinos dos semideuses, cujas escolhas moldariam o curso do Olimpo e, por extensão, do mundo mitológico. Assim, enquanto o tempo avançava lentamente as sombras da profecia e as sementes da vingança germinavam, lançando o mundo mitológico em um turbilhão de incertezas, conflitos e desafios, culminando em um destino intricadamente tecido que aguardava ser desvendado.

 

A batalha de Manhattan (2010)

Enquanto os deuses olimpianos estavam imersos na guerra contra os deuses nórdicos, um perigo iminente se desenvolvia secretamente sob seus próprios narizes. Cronos, o antigo titã rei do tempo, ardiloso em sua busca por vingança em nome de Gaia, aproveitando-se da distração do panteão com os conflitos nórdicos, deslizava sorrateiramente pelas mentes de seus filhos semideuses. Procurando formar um exército entre os semideuses descontentes com o governo autoritário dos olimpianos, Cronos oferecia promessas tentadoras e meios para aqueles que renunciavam aos deuses e se uniam a ele, os derrotarem. O titã contava com agentes infiltrados não apenas entre os semideuses, mas também nos lugares cruciais do Instituto e de Akramos. Esses traidores forneciam informações vitais sobre os planos e movimentos dos olimpianos, permitindo que Cronos tecesse sua vingança com precisão milimétrica. Simultaneamente, um exército de demônios, nascidos da essência dos gigantes derrotados na guerra contra Gaia, era forjado nas sombras. No acampamento grego, um traidor enraizado nas fileiras dos semideuses jurados a proteger o Olimpo secretamente se aliou a Cronos. Este agente traiçoeiro operava nas sombras, recrutando outros semideuses para se juntarem à causa dos titãs. Com promessas tentadoras e meios ardilosos, ele minava a lealdade dos seus companheiros, tornando-se uma peça crucial no xadrez traiçoeiro que se desenrolava. Enquanto isso, no acampamento romano, uma narrativa similar de traição se desenrolava. Um indivíduo motivado por amargura e descontentamento decidira aliar-se aos titãs. Essa figura dissidente, agindo nas sombras, recrutava soldados romanos para reforçar as fileiras do exército inimigo. Seu ódio e desejo de vingança serviam como combustíveis para as chamas da traição, enquanto ele desafiava os laços que um dia o uniram ao próprio acampamento romano.

Luke Castellan, o traidor grego, tem uma história conturbada. Originalmente, ele foi um herói em ascensão, destacando-se como um semideus promissor. No entanto, a sua jornada o levou a sentir uma crescente insatisfação com os deuses conforme as missões se tornavam cada vez mais perigosas e resultavam em mortes de companheiros semideuses. O garoto, que uma vez fora um defensor ardente do Olimpo, começou a questionar a eficácia dos deuses em proteger seus filhos. A falta de compreensão em relação às falhas e a aparente indiferença dos deuses, alimentaram um profundo transtorno emocional em Luke. Seu ódio pelo Olimpo e seus deuses, em especial seu pai, Hermes, aumentou exponencialmente. Essa amargura e ressentimento, levou o garoto a ser facilmente persuadido por promessas de poder e vingança de Cronos. Nesse cenário de desespero, as falácias do titã encontraram solo fértil na mente perturbada de Luke. Cronos alimentou seus sentimentos, explorando suas inseguranças e ofereceu-lhe não apenas uma saída para seu sofrimento, mas também uma posição de destaque em seu exército. Movido por um desejo distorcido de justiça e mudança, Luke permitiu-se ser corrompido pela visão de Cronos. Sua amargura e ressentimento o cegaram para as consequências de suas ações. A promessa de uma nova ordem, onde os semideuses estariam livres dos caprichos dos deuses, obscureceu sua visão, levando-o a se tornar um dos traidores mais notórios na guerra.

Manipulado por Cronos, Luke buscou outros semideuses que compartilhavam de sua insatisfação e os persuadiu a se juntarem à causa. Ele utilizou suas habilidades persuasivas, contando histórias de injustiças dos deuses e apresentando a promessa de uma nova era em que os semideuses poderiam reivindicar seu destino. Luke explorou o descontentamento e a revolta de seus companheiros, transformando-os em peças-chave na traição contra o Olimpo. Sua manipulação não se limitou apenas aos semideuses, pois ele também desempenhou um papel em eventos que resultaram em conflitos e tensões entre gregos e romanos. Esses eventos foram cruciais para a escalada da guerra e para o caos que se seguiu. Luke instigou confrontos e manipulou as circunstâncias para criar desconfiança entre os semideuses, organizou uma rede de espiões que agia divulgando informações falsas. Isso contribuiu para o aumento da desconfiança e hostilidade. O traidor grego liderou ataques surpresa contra semideuses, esses ataques foram cuidadosamente orquestrados para inflamar o ressentimento contra os deuses, além de manipular a escolha de líderes para garantir que aqueles com visões mais pacíficas fossem marginalizados.

Do lado romano, o traidor assumiu a forma de Octavian, uma figura ambiciosa e manipuladora que já havia mostrado sua tendência para a busca implacável de poder. Octavian chegou a Roma aos dez anos de idade, revelando desde cedo traços gananciosos e uma mente perturbada. Sua condição de Legado, sendo um filho de semideus, título que ele desprezava profundamente, forjou um ódio intenso em seu coração por todos os semideuses. O crescimento de Octavian foi marcado por uma inveja profunda em relação aos pretores de Roma, uma posição que ele ambicionava ardentemente. A raiva se intensificou quando alguém que ele julgava não digno tornou-se pretor, levando Octavian a tentar reunir seguidores para derrubar o Senado, alegando que sem ele Roma entraria em caos. Ao contrário de Luke, cuja adesão ao lado de Cronos foi motivada por uma mente perturbada por anos de descontentamento com os deuses, Octavian tinha um propósito mais simples e perigoso: destruir seus inimigos para que o Império Romano fosse a única sociedade antiga a permanecer como um grande símbolo histórico em Roma. 

Octavian era capaz de usar todos os meios hediondos para alcançar seus objetivos. Com mente e alma distorcidos, causava temor e desconfiança. Cronos, astuto em explorar as fraquezas e ambições humanas, ofereceu a Octavian uma miríade de promessas tentadoras, alimentando sua ganância e desejo por poder. Entre as promessas feitas, Cronos confirmou que ele teria um papel central na criação de uma nova ordem em que Roma seria a única sociedade antiga a permanecer como um grande símbolo histórico. Ele sussurrou a visão de um Império Romano incontestável, no qual Octavian se tornaria uma figura de proeminência. Sabendo da inveja e ambição de Octavian, prometeu-lhe um título mais grandioso e prestigioso - o de Pretor Supremo, um poder pessoal que ultrapassaria qualquer pretor ou governante romano. Ao enredar Octavian nessas promessas tentadoras, Cronos manipulou suas aspirações e inseguranças, transformando-o em um traidor disposto a sacrificar o próprio povo em busca de poder e prestígio pessoais. O ódio inflamado de Octavian, combinado com as promessas sedutoras do titã, moldou-o em um instrumento crucial para a traição contra o acampamento romano e, por extensão, contra toda a civilização romana. A sua traição foi meticulosamente planejada e executada. Ao longo da guerra, ele realizou uma série de ações traiçoeiras para minar a defesa do acampamento romano e criar discordância entre os semideuses. Octavian propagou informações falsas e distorceu a verdade para semear desconfiança entre os romanos. Manipulando habilmente as fraquezas emocionais e psicológicas de seus companheiros semideuses, ele explorou traições fictícias e provocou narrativas falsas para minar a coesão do acampamento. Além disso, ele sabotou recursos vitais, armamentos e estruturas dentro do acampamento romano. Seu objetivo era minar a capacidade de defesa dos romanos, deixando-os vulneráveis aos ataques iminentes das forças inimigas. Sua motivação era criar um ambiente de desunião, fragmentando a coesão e eficácia do acampamento. Ao explorar as fraquezas de seus colegas semideuses, ele criou divisões internas e alimentou conflitos, tornando-os mais suscetíveis às influências corruptoras de Cronos.

Aproveitando-se da vulnerabilidade do Olimpo, ainda em recuperação da guerra contra os deuses nórdicos, Cronos desencadeou seu ataque surpresa. Batalhas eruptivas explodiram em todo o mundo grego e romano, e à medida que Cronos e seus renegados avançavam, tornou-se claro que o Olimpo, sozinho, não seria capaz de conter essa nova ameaça. Pela primeira vez desde a guerra contra os romanos, os deuses olimpianos viram-se obrigados a recorrer à ajuda de seus próprios filhos. À medida que as forças de Cronos desencadeavam sua investida implacável, as batalhas que se seguiram foram um frenesi caótico e mortal, deixando um rastro de destruição e desespero. Semideuses corajosos, impulsionados por um senso urgente de dever e lealdade aos deuses, enfrentaram as forças titânicas em um confronto épico que ecoaria através das eras. Os semideuses, surgindo e sucumbindo em todos os cantos, enfrentaram o caos nas suas mais cruas manifestações. Manhattan, outrora pulsante e urbana, tornou-se um cenário de pesadelo. Raios furiosos desabavam dos céus, tsunamis arrebatavam as ruas, prédios desabavam em ruínas e locais explodiam em chamas. O cenário urbano viu o surgimento inesperado de florestas, enquanto um banho de sangue tingia muros e calçadas.

 

Semideuses gregos e romanos, unidos por uma necessidade comum de sobrevivência, enfrentaram legiões de monstros convocados por Cronos dentro do Olimpo. Espadas se chocaram contra garras e presas, arcos e flechas cortavam o ar provindas dos arqueiros espalhados pelo ar. Semideuses que tinham a guerra pulsando dentro de si desde novos, avançaram nas colinas para confrontar as hordas de titãs que tentavam escalar as encostas. Espadas chamejantes, lanças e poderes divinos se entrelaçaram numa dança caótica, enquanto os semideuses lutavam para impedir a invasão. Ao mesmo tempo, velocistas habilidosos lançaram uma investida relâmpago no vale. Ágeis e astutos, eles desencadearam uma série de ataques rápidos e precisos, aproveitando-se da confusão para minar as forças titânicas. Nas antigas ruínas, semideuses com dons de previsão desvendavam estratégias inimigas e canalizavam poderes divinos em um esforço para manter Delfos fora do domínio de Cronos. Dentro da floresta lobos corriam aos gritos de jovens meninas enquanto filhos da estratégia lideravam uma resistência desesperada no Labirinto de Creta. Enfrentando criaturas mitológicas e guerreiros titânicos, os semideuses usaram sua inteligência para criar emboscadas e resistir contra as forças avassaladoras.

Nas margens dos lagos e mares, semideuses manipulavam a água como arma, eles se empenharam em conter o avanço das tropas inimigas, desencadeando tempestades e tsunamis sobrenaturais. No céu, um grupo engajou-se em uma batalha aérea contra harpias titânicas e outras criaturas, buscando manter o domínio sobre os espaços celestiais. Arco-íris e plumas de harpias se misturavam, raios e garras se chocavam enquanto os semideuses lutavam para proteger os céus do Olimpo. Nas sombras das colinas verdejantes, semideuses emergiram como os protetores da terra e do submundo. Conectados à natureza, desempenharam um papel vital na defesa das fronteiras, usando seus dons para controlar plantas e invocar criaturas da terra para deter as forças invasoras. Enquanto isso, do outro lado do campo senhores do gelo e mestres das tempestades de neve não apenas forneceram uma vantagem tática nas batalhas, mas também desaceleraram os avanços inimigos, transformando o campo de batalha em um cenário gélido e implacável. Os semideuses diplomatas foram fundamentais nas negociações e alianças. Suas habilidades sociais excepcionais tornaram-nos embaixadores valiosos, capazes de influenciar líderes e garantir suporte crucial para o Olimpo. Já os tão festeiros, suavam seus poderes para lançar ondas de confusão sobre os inimigos, minando a coordenação e a eficácia de suas tropas. Linhagens sombrias lutavam por sobrevivência em vários domínios e realizavam emboscadas aproveitando-se das sombras para ocultar seus movimentos. Em Akramos, semideuses romanos organizaram uma emboscada astuciosa nas ruas, explorando táticas militares romanas. Os legionários enfrentaram as tropas de titãs em um cenário urbano, onde estratégia e força bruta se entrelaçaram em um confronto ardiloso.

Cada linhagem conferiu habilidades únicas, moldando-os em guerreiros formidáveis e enquanto semideuses lutavam para proteger o lar dos deuses, o solo sagrado foi tingido pelo sangue de heróis e criaturas míticas. O conflito resultou em inúmeras baixas, e a última batalha foi uma das mais devastadoras de todos os séculos, desencadeando caos e destruição sem precedentes. Cronos, cego por sua confiança na vitória iminente, cometeu um erro crucial. Sem considerar a possibilidade de traidores entre seus próprios seguidores, ele não percebeu que um grupo de semideuses arrependidos havia se voltado contra ele. Um grupo de semideuses arrependidos, que perceberam a magnitude da ameaça que tinham ajudado a desencadear, buscou redenção. Em um acordo com o Olimpo, eles ofereceram seus serviços como agentes duplos, comprometendo-se a trair Cronos se, em troca, fossem poupados de punições severas. 

A presença dos deuses se manifestava intensamente pelo campo de batalha, e à medida que saíam de seus domínios, o toque divino era palpável em cada canto. Semideuses feridos sentiam suas dores se dissiparem, e a determinação queimava ainda mais intensamente em seus corações. A intervenção divina era como um bálsamo, curando as feridas da guerra e impulsionando os combatentes a novos feitos heroicos. Os guerreiros caídos, cuja bravura os havia conduzido ao sacrifício, eram agraciados com uma revitalização milagrosa. Banhados na essência revigorante do néctar divino, ressurgiam com uma força renovada, prontos para se lançarem novamente na batalha. A morte não era mais uma barreira intransponível, pois os deuses estendiam suas mãos benevolentes para trazer de volta à vida aqueles que haviam se sacrificado pela causa divina. A aura divina pairava sobre o campo de batalha, criando um cenário onde a vida triunfava sobre a morte. Enquanto os deuses avançavam, a própria natureza respondia à sua presença. Árvores outrora enegrecidas pela fumaça da batalha floresciam com uma exuberância renovada, e riachos que haviam sido poluídos com o sangue dos guerreiros voltavam a murchar para a sua pureza original. O solo sagrado, outrora manchado pelos conflitos, reverberava com uma energia revitalizante. Os semideuses encontravam uma força que transcendia o físico. Enquanto isso, nos céus, as nuvens se dispersavam para revelar constelações que brilhavam com uma intensidade antes desconhecida. O firmamento, que fora obscurecido pelas sombras da guerra, agora se tornava um testemunho cintilante da aliança entre deuses e semideuses. O vento, antes cortante e impregnado de angústia, tornou-se uma brisa suave que acariciava os rostos dos combatentes. 

A atmosfera no campo de batalha tornou-se intensa quando os semideuses arrependidos lideraram Cronos até uma armadilha meticulosamente planejada. Traído por seus próprios generais, o titã foi envolto na escuridão da traição quando a contraofensiva dos deuses se desencadeou. Uma explosão estrondosa ecoou pelos reinos, marcando o momento definitivo em que Cronos foi derrotado. O impacto da explosão reverberou pelos céus, fazendo até mesmo os deuses pausarem por um momento. O solo sagrado foi sacudido pela magnitude do conflito, mas a traição dos semideuses arrependidos transformou-se no ponto crucial de virada. Foi como se o próprio tecido da mitologia tivesse sido rasgado e costurado novamente. Cronos, uma vez cego pela arrogância, agora percebia a profundidade de sua derrota. Os semideuses, guiados por seu desejo de redenção, haviam se tornado os agentes da mudança. A traição, ao invés de ser um ato de desespero, tornou-se a epifania que selou o destino do titã. A Segunda Grande Guerra dos Titãs chegou ao fim. Os reinos mitológicos, antes mergulhados no caos, começaram a se recuperar. O solo, que antes testemunhara o derramamento de sangue, agora se transformava sob a luz da restauração divina. A ordem era restabelecida, e a aliança entre deuses e semideuses, forjada na fornalha da guerra, tornou-se o alicerce de uma nova era. Os deuses, embora cientes da traição dos semideuses arrependidos, reconheceram a nobreza de seu sacrifício. O Olimpo, por meio de seus representantes divinos, concedeu perdão e aceitação àqueles que, em sua busca por redenção, se tornaram catalisadores da paz.

Atualmente (2034)

Duas décadas e meia haviam se passado desde o término da guerra contra Cronos. Durante esse período, o Instituto se transformou, unindo-se à cidade de Akramos, que se tornou um centro vibrante de semideuses. A paz reinava, e a convivência entre semideuses e deuses era mais harmoniosa do que nunca. Nova Roma e Akramos mantinham relações amigáveis, e os heróis desfrutavam de um período de tranquilidade. No entanto, essa paz revelou-se efêmera. De repente, o mundo dos semideuses foi abalado. As barreiras mágicas, que anteriormente protegiam o Instituto, começaram a mostrar sinais de ruptura. Monstros descontrolados inundavam o mundo, criaturas desconhecidas surgiam, quase como se pertencessem a um reino diferente. Fenômenos meteorológicos misteriosos ocorriam sem aviso prévio, afetando gregos e romanos por igual.

A ilha de semideuses se unira a Akramos e agora se portava como uma cidade de semideus. Pela dificuldade de uma criança de outro país chegar à Nova York sem morrer pelos inimigos, o panteão criou Institutos semelhantes ao IMO pelo mundo e os protegiam como o greco-romano. 

Os deuses, que anteriormente respondiam às dúvidas dos semideuses, agora permaneciam em silêncio. O medo de uma profecia feita décadas atrás pairava no ar, alimentando a apreensão de que o destino dos gregos estava à beira do colapso. Além disso, uma revolta estava se formando entre os semideuses, especialmente aqueles de sangue divino, que desafiavam seus pais, considerando suas ações injustas. Alguns desapareciam, outros viravam as costas para suas origens divinas.

Os nórdicos, percebendo a agitação entre os semideuses, começaram a recrutar ativamente. Muitos semideuses estavam questionando a lealdade aos seus pais divinos, e uma sensação de caos permeava o mundo mitológico. Enquanto o Olimpo permanecia em silêncio, a incerteza crescia, e a profecia do possível fim dos gregos começava a se tornar uma sombra cada vez mais iminente. O destino dos semideuses estava em jogo, e uma nova era de desafios e incertezas se descortinava diante deles.

 

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